Se os romanos começaram a desenvolver tardiamente sua literatura, é porque, desde os primórdios, necessi-taram firmar-se como nação e solidificar princípios e valores que se perpetuariam em sua cultura. De início, cuida-ram da expansão e da organização da urbs e da civitas. Com a anexação de outros povos e novas culturas, tomaram conhecimento de outros valores, os quais foram submetidos ao gênio da assimilação e da universalização, sua marca inconfundível. Foram capazes de desenvolver um sistema de escrita que é seguido (...) até hoje. Sua literatura, mesmo nascendo com o carimbo da literatura grega, infunde as marcas características da cultura latina e se torna modelo pelos séculos vindouros. (shrink)

O ensino na Idade Média compreendia um conjunto de disciplinas pertencentes ao Trivium e ao Quadrivium, matérias conhecidas como artes. A estes se opunham as artes mechanicae, de cunho prático. Focalizamos, neste artigo, as questões relativas ao ensino da linguagem verbal, centrando nosso interesse na ars gramatica e na ars retórica. Um texto latino exemplificará as atividades de um famoso mestre da Idade Média.

A poesia lírica mediolatina desenvolve-se a partir dos poetas latinos que a antecederam, mas elabora novas formas de expressão que acompanham, pari passu, o desenvolvimento da língua latina, com a perda gradativa o acento musical. Novo ritmo e novas formas de expressão foram introduzidos. A poesia, a princípio vista como forma especial de linguagem, ganha especial tratamento entre os goliardos, que também nos legaram o maior e mais característico acervo da lírica profana mediolatina.

O ato de alimentar-se deixa de ser apenas uma satisfação de necessidades biológicas e torna-se um dos grandes prazeres da vida do homem. Apresentamos aqui as principais refeições e o modo de alimentar-se dos antigos romanos, amantes da boa mesa, e um alguns comentários sobre aquele que é o mais famoso dos seus cozinheiros e nos legou a obra De re coquinaria: Apício.

Cipriano, atuante bispo de Cartago em difíceis tempos de grandes perseguições aos cristãos, compõe um texto, um discurso apologético, no qual se dirige ao pagão Dimitriano, defendendo os cristãos de acusações a eles imputadas como responsáveis pelas desgraças e dificuldades por que passava o Império Romano. Aborda a temática do fim do mundo de modo original invertendo as acusações que o poder público atribuía aos cristãos.

We show that, contrary to long-standing assumptions, syntactic traits, modeled here within the generative biolinguistic framework, provide insights into deep-time language history. To support this claim, we have encoded the diversity of nominal structures using 94 universally definable binary parameters, set in 69 languages spanning across up to 13 traditionally irreducible Eurasian families. We found a phylogenetic signal that distinguishes all such families and matches the family-internal tree topologies that are safely established through classical etymological methods and datasets. We have (...) retrieved “near-perfect” phylogenies, which are essentially immune to homoplastic disruption and only moderately influenced by horizontal convergence, two factors that instead severely affect more externalized linguistic features, like sound inventories. This result allows us to draw some preliminary inferences about plausible/implausible cross-family classifications; it also provides a new source of evidence for testing the representation of diversity in syntactic theories. (shrink)

This chapter contains sections titled: Metaphorical Pharmacology of Cannabis Cannabis Effects and Meanings Applied.

The layering of classical and biblical language in the Story of Apollonius has fueled debate about the readership and religious contexts of the late Latin romance. This article analyzes the mixture of pagan and biblical elements in the central murder plot of Tarsia, for which two characters plead their innocence to an unnamed god. A reinterpretation of the intertexts in their parallel prayers reveals how the romance combines the formulae of judicial prayers and the Latin Vulgate to shape reader response (...) to the episode. Apollonius 32 thereby accommodates readers from diverse religious traditions and foreshadows the story's final administration of justice. (shrink)

Résumé Biographies et biographes de Savonarole constituent l’un des indices de la réception de celui-ci dans la France d’Ancien Régime. Ces biographes dominicains appartiennent au mouvement de la réforme toulousaine de l’Ordre au xvii e siècle, mouvement qui s’inspire de la réforme du couvent de Saint-Marc par Savonarole. Aussi le couvent parisien de l’Annonciation devient-il le centre de l’érudition comme de la dévotion vouées à Savonarole, et les apologistes s’attachent-ils à défendre la mémoire de Savonarole contre ceux qui le tiennent (...) pour un dangereux simulateur. (shrink)

Dans l’avant-propos de son dernier ouvrage, Anne Herschberg Pierrot définit le style comme « un processus de transformation de l’œuvre, qui peut s’ouvrir à sa genèse et s’accomplit dans ses lectures » (p. 3). C’est là une invitation à considérer le style comme un processus créatif, inscrit dans une temporalité. L’auteure propose ainsi d’adopter une perspective génétique, de s’intéresser à la genèse de la production littéraire, aux brouillons de l’œuvre pour en cerner les particularités stylis...

Gleïzès, philosophe proche des Méditateurs et des dormeuses, avait écrit une épopée pionnière du mouvement végétarien se déroulant sur la Montagne noire dans le Sud-Ouest de la France. Ce livre en main, Louise Hervé et Clovis Maillet ont été à la rencontre des maraîchers et des végétarien·nes de la région en 2023, au lendemain d’une grande manifestation contre la construction de l’autoroute Toulouse-Castres. Leur cri de ralliement était : « Moins de bitume, plus de légumes ».

This article aims to establish that literature is an ideal laboratory for undertaking some phenomenological experimentations, even when not explicitly intended by the author. By considering three works that all tell the story of one man gone far away from his country and isolated in a mysterious, fascinating and closed place, we propose to study the complex relations that weave between space and time and between landscape and consciousness, and to deduce from it their phenomenological impact. We attempt to show (...) that space localization and organisation influence and even modify the behaviour and the personality of humans, and induce a new relation to temporality: the mountain arouses boredom, the desert prepares the expectation and the shore brings the facing of one’s fate. (shrink)

Schürmann a conçu son projet philosophique comme un sauvetage des phénomènes. Car ceux-ci sont menacés à la fois par les principes logiques qui les déterminent et par leur propre précarité ontologique. Toutefois le principe n’a-t-il pas en lui-même un pouvoir phénoménalisant? Le phénomène lui-même en sa singularité n’est-il pas si intimement marqué par la négativité qu’il peine à apparaître? On propose donc d’interroger le diasozein ta phainomena de Schürmann en sauvant le sauvetage lui-même du risque d’une dissolution des phénomènes par (...) eux-mêmes et sous les principes. (shrink)